quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Acidentes de Trânsito - A falta de uma política pública

Conforme dados do Ministério da Saúde em 2010 foram 40.610 mortes em acidentes de trânsito no Brasil, o que corresponde a uma média de 111 mortes por dia, ou seja, a 1 morte a cada 12,9 minutos. Falta política pública, falta educação, falta conscientização e muito mais. O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o 5º país do mundo em mortes no trânsito. De 2009 para 2010 houve um aumento de 7,5% de fatalidades.

Mais do que uma simples estatística ou mais um ranking qualquer, no final de um dia são 111 família que choram por seus entes queridos, que perderam a vida vitimados pelo caótico transito brasileiro. A falta de respeito as leis de trânsito em especial o uso de bebidas alcoólicas muito contribuem para esses números. Enquanto nossas campanhas de prevenção de acidentes de trânsito são tímidas e em horários secundários, as campanhas de cervejas são chamativas e estão no horário nobre. Qual o custo dessa política para nossa sociedade? Enquanto os valores de nossa sociedade estão invertidos, e surgem os "caretas" motoristas da rodada, vamos contabilizando mais mortes.

Atendendo a pedidos, coloco abaixo a excelente campanha de prevenção de acidente de trânsito produzido em 2010 pela TAC (Transport Accident Commision) de Victoria na Austrália. Além da bela música de fundo (Everybody Hurts - REM), o vídeo propicia um momento de reflexão sobre o assunto. Vale a pena conferir.





sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Fábrica gera contaminação por chumbo em trabalhadores e na comunidade local

A Comissão de Direitos Humanos quer fiscalizar as ações do governo para resolver os impactos da contaminação ambiental no município de Santo Amaro, na Bahia. De acordo com o relatório final do grupo de trabalho que analisa o assunto, a população e o meio ambiente estão contaminados pelos resíduos de uma fábrica que fechou as portas há 20 anos. 

"O que abordamos é um crime contra a humanidade. A empresa operava durante o dia seguindo as normas mas, à noite, jogava material contaminado no rio Subaé e desligava seus filtros. Cerca de 6 milhões de escória de chumbo ficaram espalhados pela cidade", denunciou Roberto de Lucena, coordenador do Grupo de Trabalho.

Ainda de acordo com o relatório do GT, a contaminação por chumbo empreendida pela então Companhia Brasileira de Chumbo (Cobrac), subsidiária da francesa Penarroya Oxide, afetou quase 4 mil trabalhadores. Cerca de 900 morreram em decorrência das graves enfermidades contraídas nas últimas quatro décadas.

A população local está vivendo os impactos da contaminação do chumbo, seja pelo ar, pela água e pelo solo. A empresa deve atuar no sentido de promover a saúde e segurança dos seus trabalhadores e de toda a comunidade a qual está inserida.

Uma reportagem sobre o assunto pode ser acompanhada no vídeo abaixo.



Fonte: TV Câmara

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Acidentes com Crianças - Parte 1

Os acidentes domésticos com crianças são comuns e frequentes, e a grande maioria poderia ser evitado. Segundo dados do Ministério da Saúde (2008) os acidentes mais comuns variam de acordo com a idades da criança.
Para as crianças menores de 1 ano de idade, o sufocamento é a principal causa de morte. Já para as crianças de 1 a 14 anos a principal causa de morte são os afogamentos. A tabela abaixo mostra as principais causas de morte de crianças menores de 14 anos de idade, por grupos de faixa etária, segundo dados do Ministério de Saúde ocorrido em 2008.


Fonte: Datasus/Ministério da Saúde/2008 - Brasil


São diversas as situações em nossas casas, vizinhanças e comunidade que expõe as crianças aos riscos de sofrerem um acidente grave. O entendimento de como estes acidentes podem ocorrer é uma importante forma de se evitar esses acidentes. A seguir irei apresentar as principais situações que podem gerar um acidente com crianças.


Sufocação ou engasgamento:

O engasgamento e a sufocação são as principais causas de morte de crianças menores de 1 ano de idade, São potenciais para gerar situações de engasgamento: a alimentação (principalmente alimentos grandes como carnes), a ingestão de líquidos e a ingestão de objetos pequenos (moedas, clips, pedaços de brinquedos).
Já a sufocação pode ser causadas por protetores de berço, travesseiros e outros brinquedos deixados em berços. A escolha dos brinquedos deve ser feita de acordo com a faixa etária (evitando-se assim brinquedos que contenham peças pequenas para crianças menores). Também vale ressaltar que cordas e fios podem causar estrangulamento e a sufocação na criança, por isso devem ser evitados brinquedos e objetos contendo cordas, assim como cortinas e persianas com cordas também devem ser evitados. Embalagens plásticas e sacolas plásticas também podem causar sufocações e devem ser retiradas do alcance das crianças.
O vídeo abaixo faz parte da ONG Criança Segura que promove a prevenção de acidentes com crianças menores de 14 anos e trata sobre o engasgamento, vale a pena conferir.





Afogamento:

O afogamento é a principal causa de morte entre crianças menores de 14 anos, com exceção dos acidentes de trânsito (agrupando atropelamentos e passageiro de veículos). Para ocorrer o afogamento de crianças menores de 2 ano, basta uma altura de 2,5 cm de água para haver o afogamento, isto pode ocorrer em banheiras, baldes e vasos sanitários, pois as crianças tem as cabeças maiores e podem ter dificuldade de se levantar em uma situação de queda. Já para os maiores os maiores de 4 anos, as principais fontes de riscos são as piscinas, os rios, os lagos e o mar, o excesso de confiança pode levar a este tipo de acidentes.


Nos próximos posts continuarei com a lista de situações de risco de acidentes com crianças, até breve.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

SESMT - NR-04

O SESMT (Serviço Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) regulamentado pela Norma Regulamentadora 04 é composto por profissionais que tem o objetivo de atuar na prevenção de acidente e doenças do trabalho.

O SESMT é composto por 5 profissionais, conforme o item 4.4.1 da NR-04:

  • Engenheiro de Segurança do Trabalho: engenheiro ou arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; 
  • Médico do Trabalho: médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina; 
  • Enfermeiro do Trabalho: enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem; 
  • Auxiliar de Enfermagem do Trabalho: auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação; 
  • Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de Registro Profissional expedido pelo Ministério do Trabalho. 
 A composição do SESMT deve seguir o dimensionamento mínimo especificado na NR-04 que depende do grau de risco da empresa (encontrado a partir do CNAE da empresa) e do número de funcionários. O grau de risco varia de 1 a 4. O grau de risco 1 equivale ao risco baixo e o grau de risco 4 equivale ao grau de risco alto. O dimensionamento é realizado a partir do quadro 2 da NR-04 (abaixo).


A seguir serão apresentados dois exemplo de dimensionamento do SESMT.

Exemplo 01: Hospital com 1500 funcionários.
Pelo quadro I da NR-04 o hospital enquadra-se no grau de risco 3, a partir do quadro II, encontramos que a composição mínima do SESMT será dado pela intersecção da linha do grau de risco 3 com a coluna que representa os 1500 funcionários no caso entre 1000 e 2000 funcionários. Pelo quadro a composição mínima do SESMT dessa empresa será: 4 técnicos de segurança, 1 engenheiro de segurança, 1 auxiliar de enfermagem do trabalho e 1 médico do trabalho, além disso pela observação da tabela um hospital com mais de 500 funcionários deverá contar com 1 enfermeiro do trabalho.

Exemplo 02: Indústria metal-mecânica com 400 funcionários.
Nesse caso o grau de risco será 4 e o dimensionamento pelo quadro II será: 3 técnicos de segurança, 1 engenheiro de segurança tempo parcial e 1 médico do trabalho tempo parcial.

O vídeo da Fundacentro faz um resumo dos principais aspectos sobre as atividades do SESMT, vale a pena conferir.