sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Poeira tóxica continua matando no WTC

Desde o colapso do World Trade Center em 11 de setembro de 2001, pessoas que trabalharam no resgate continuam adoecendo e morrendo em decorrência dessa tragédia. Ao total já foram 2.753 vítimas a adoecerem em função da poeira tóxica liberada durante a queda das torres gêmeas. Essa poeira tóxica que ficou espalhada por Manhattan em Nova York, continha muitas substâncias tóxicas na forma de poeira entre as quais o ferro, o vidro (sílica), o amianto e o chumbo, essas duas últimas são reconhecidamente cancerígenas.

O amianto que causa uma doença ocupacional conhecida como asbestose que é uma doença pulmonar fatal. Já o chumbo quando inalado causa fraqueza nos joelhos, insônia, falta de apetite e na fase mais avançada causa cólicas abdominais intensas, podendo levar a distúrbios renais e nervosos intensos (doença conhecida como saturnismo).

Sob o ponto de vista ocupacional, esses agentes químicos sob a forma de poeira entram no organismo pela via respiratória. O sistema respiratório tem mecanismos de defesa como os pelos na região nasal e o muco na região da traquéia, porém as partículas menores que 10µm (equivalente a um centésimo do milímetro) chegam até os pulmões, causando as doenças ocupacionais. É importante lembrar que no colapso do WTC foi gerada uma grande quantidade de poeira e essas partículas ficaram em suspensão no ar por vários dias, em função da grande quantidade de material particulado e ventos. O homem não consegue enxergar a olho nu partículas dessas dimensões, por isso acaba relaxando em relação a utilização de máscaras.

As equipes de resgate que trabalharam no Marco Zero ou na proximidade tiveram uma grande exposição a essas poeiras, e na época as autoridades americanas não forneceram máscaras aos trabalhadores e voluntários. As autoridades americanas não estão reconhecendo esses casos como vítimas do WTC, mas as vítimas e os familiares brigam na justiça por indenizações e reconhecimento. Segundo reportagem do portal iG, na polícia de Nova York que trabalhou nas Torres Gêmeas, 23 policiais morreram pelo desabamento, e outros 45 policiais que trabalharam no Marco Zero morreram de câncer, enquanto outras ainda lutam contra a doença.

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